Feira de Saúde, Beleza e Cultura celebra o Dia Internacional das Prostitutas, no Pátio de São Pedro, centro do Recife, nesta sexta (7)

Nesta sexta-feira, 7, acontece no Pátio de São Pedro, centro do Recife, a Feira de Saúde, Beleza e Cultura para celebrar o Dia Internacional das Prostitutas

Feira de Saúde, Beleza e Cultura celebra o Dia Internacional das Prostitutas, no Pátio de São Pedro, centro do Recife, nesta sexta (7)
Fotosde arquivo da APPS

Associação Pernambucana das Profissionais do Sexo (APPS), realiza nesta sexta (7/6), a partir das 14, a Feira de Saúde, Beleza e Cultura, no Pátio de São Pedro, no centro do Recife. A atividade integra a programação do Dia Internacional das Prostitutas, comemorado no último dia 2 de junho.

O evento contará com apresentação de passistas de frevo, show artísticos de drags, lançamento do livro do escritor Leonardo Tenório que é um homem trans e tem a participação do cantor Júnior Nascimento.

A coordenadora  financeira da APPS, Vânia Rezende, ressalta a importância do evento para a classe das trabalhadoras do sexo e relembra a luta do movimento de prostitutas. “Faz 49 anos que 150 mulheres trabalhadoras sexuais invadiram uma igreja na cidade de Leon na França e reivindicam os seus direitos, porque vinham sofrendo muita violência e abusos. Hoje, nós estamos na rua para combater o estigma, discriminação putofobia e toda forma de violação dos direitos humanos dizer que trabalho sexual é trabalho digno”, afirmou Vânia.

O Ministério do Trabalho e Emprego reconhece a prostituição como ocupação regular, inclusive são contribuintes obrigatórios da Previdência Social por força da Lei nº 8.212/91, sob o número 1007. No entanto, falta o reconhecimento como um trabalho, e a existem muitas barreiras no acesso à direitos para muitas prostitutas, pois a Lei 4.211/2012 do ex-deputado Jean Wyllys que regulamentava a prostituição foi engavetada. 

Dia Internacional da Prostituta - É uma data comemorativa, que lembra a discriminação das prostitutas, as suas condições precárias de vida e de trabalho e a sua exploração. O ponto de partida para esse dia comemorativo foi o dia 2 de junho de 1975, no qual mais de 150 prostitutas ocuparam a Igreja Saint-Nizier em Lyon, a fim de chamar a atenção para a sua situação.